[Leitura] Outros Jeitos de Usar a Boca

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Autora: Rupi Kaur
Livro Único - Poesia
Editora: Planeta
ANo: 2017
Páginas : 208
Avalização: 4/5 ❤

'outros jeitos de usar a boca' é um livro de poemas sobre a sobrevivência. Sobre a experiência de violência, o abuso, o amor, a perda e a feminilidade. O volume é dividido em quatro partes, e cada uma delas serve a um propósito diferente. Lida com um tipo diferente de dor. Cura uma mágoa diferente. Outros jeitos de usar a boca transporta o leitor por uma jornada pelos momentos mais amargos da vida e encontra uma maneira de tirar delicadeza deles. Publicado inicialmente de forma independente por Rupi Kaur, poeta, artista plástica e performer canadense nascida na Índia – e que também assina as ilustrações presentes neste volume –, o livro se tornou o maior fenômeno do gênero nos últimos anos nos Estados Unidos, com mais de 1 milhão de exemplares vendidos.
Eu sou tão prolixa mas tãaaaao prolixa que mais cinco minutinhos aqui eu consigo prolixar linhas e linhas sobre minha prolixidade....kkkkkkkkkkkkkkkkkkk.  

Juro que eu não queria, mas essa sou eu, escrevo escrevo escrevo, depois vem a romaria....apago, apago, apago. 

Talvez seja por esta característica que cada vez mais me interesso por livros de poesia e contos, esse sintetismo é o que eu quero ser quando crescer, descrições possuem seus benefícios e tem seu charme, mas há autores que conseguem uma profundidade absurda com escassas palavras.

"Outros Jeitos de Usar a Boca" é isso, direto e certeiro. Com poucas palavras Rupi Kaour consegue acertar o alvo com uma precisão ninja.

O livro é divido em quatro partes:

A DOR. Pesado. Repleto de citações sobre abusos de todos os tipos. Aquele tapa na cara básico.
"Estremeço quando você me toca
Temo que seja ele"

O AMOR. Quente, leve. Cada frase que eu queria segurar na minha mente, cada título perfeito que complementa toda a ideia, a cereja do bolo. Foi a minha parte predileta!
" Você me tocou
sem nem precisar
me tocar"

A RUPTURA. Quebrado, estilhaçado. Sofrência no melhor estilo, quem nunca? Quando se está em um bom relacionamento  a muitos anos (eu) você até se esquece o que é uma boa fossa. Esta parte me fez reviver em alguns momentos essa bad....kkkkkkkkkkkkk
" Você estava tão distante
que esqueci que você estava lá"

A CURA. O ciclo que se fecha, a lição de que não há amor mais importante que o amor próprio. A parte que menos gostei, ela é tão politicamente correta que me deixa entediada, toda essa luta pela liberdade dos sovacos peludos me dá um pouco de preguiça, acho meio difícil que uma garota que queira optar por seus pelos livres precise que alguém confirme que ela pode.... maaaas vai saber. Apologia a liberdade é sempre bem vinda. Devo dizer também que A Cura não é só isso, é sobre se amar, se aceitar e entender que somos seres falíveis e ok por isso.
" Caia 
de amores
por sua solidão"

Cada parte diferente da outra, o nível de envolvimento pessoal vai se moldando ao decorrer da leitura, vivências pessoais vão sendo equiparadas, as não vividas são um exercício de empatia. Temos ainda várias ilustrações assinadas pela autora que acrescentam lindamente o conceito da poesia das quais se referem. Eu adorei e recomendo! É difícil ver um livro de poesia entre os mais vendidos, este ocupa o pódio merecidamente.








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