Série: The Seven Deadly #01( de 3 livros)
Editora: INFELIZMENTE ainda não publicado no Brasil
Ano: 2012
Páginas: 390
Avaliação: 4/5
Se você está procurando uma história sobre uma menina boa, humilde, que foi ferida por alguém em que ela pensou que podia confiar, apenas para descobrir que não é tão vulnerável quanto pensou que era e descobre um lado poderoso de si mesma que se apaixona pelo cara que a ajuda a descobrir quem é, blá, blá, blá... Então você vai odiar a minha história.
Porque a minha história não é a que você lê cada vez que dobra a capa do romance mais recente. Não é o conto de "eu posso fazer qualquer coisa, agora que te encontrei/sou mal entendida, mas um dia você vai me encontrar irresistível por causa disso". Por quê? Porque, se eu for honesta com você, sou uma cadela completa. Não há nada legal sobre mim. Eu uso meus amigos, abuso de drogas, sou viciada em sexo e moro em Los Angeles. Sou o pior pesadelo de qualquer amiga e a fantasia de qualquer garoto.
Sou Sophie Price... E esta é a história de como eu fui da menina mais invejada do mundo para a menina que ninguém queria ao redor e porque eu não trocaria isso por nada no mundo.
Aiii que livro gracinha!
Se eu for dar uma checada na minha lista de “quero ler” Vain
é um dos mais velhinhos. Deve fazer uns trezentos anos que está
ali....kkkkkkkkkkkk. Só aquele comecinho em que a Sophie se intitula uma vaca
da pior espécie já devo ter lido umas cinquenta vezes, mas desta vez criei
coragem e fui até o fim.
Ultimamente nos livros de YA é difícil achar um que se destaque, parece sempre a mesma história com poucas variáveis e felizmente aqui encontramos gratas desconstruções. A autora colocou
A vaca autoproclamada
protagonista vive se metendo em confusões, seja com drogas, bebidas ou sexo irresponsável.
É rica, mas o que sobra em dinheiro falta em empatia, pessoas são apenas peões que ela manipula de
um lado para o outro quando mais a convém.
Mas tudo tem limites, até para nossa odiada Sophie, então
como punição ela é enviada a um orfanato Uganda na África, território carente e
extremamente violento, palco de constantes conflitos civis.
É ai que o livro começa a ficar bom. Me emocionei muito a
situação vivida ali, crianças carentes são meu calo mais dolorido, não consigo
não me envolver e sofrer com essa triste realidade.
A evolução da Sofie é muito bonita e apesar das poucas
páginas é sutil. A autora é eficiente em não deixa-la carismática no
inicio, é tudo muito frio . Mas o calor de Uganda vai derretendo esse gelo,
além disso ela tem ajuda de pessoas maravilhosas, uma especial que vai tornar
essa viagem/leitura muito mais suspirante, o lindeza do Ian....*suspiros,
suspiros e mais suspiros*.......😻
Achei que a autora cria uma tensão sexual como ninguém,
diálogos espertinhos, apaixonantes e
interações que fogem da mesmice, mas fiquei um tanto frustrada com o “pós”. Meu
coração ficou aquecido em grande parte do livro, estava tão esperançosa e
angustiada e de repente......... oi? Perdi alguma coisa? Não que foi ruim, mas
é que não fez tanto jus a expectativa que criou.
As interações deles com seus respectivos familiares também
me estranharam, algumas coisas foram jogadas, tudo resolvido na nossa cara de
qualquer jeito, a meu ver não ficou muito coeso com toda a ideia proposta.
Mas tirando essas minhas cricrizices eu adorei e super
recomendo! As editoras deveriam trazer essa belezura para o Brasil!!! Acho que
esse universo de livros jovem adulto é bem carente desse contexto citado, é
sempre bom dar de cara com a realidade, sair desse universo encantado e começar
a troca: pedir menos e se doar e agradecer mais.
“Ninguém pode conhecer a felicidade sincera, Sophie, sem
primeiro ter conhecido a tristeza. Nunca se pode apreciar a enormidade a
raridade de uma felicidade ardente sem ver a miséria, tão injusto quanto possa
ser. "
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