Editora: Ainda não publicado no Brasil
Ano: 2015
Páginas: 300
Avaliação: 4/5
O que acontece quando a única pessoa que você quer é a única que você não pode ter?
Meu nome é Sevin.
Educado em casa e protegido pela minha família ultra religiosa, sempre pensei que luxúria fosse um pecado.
Elle era a garota que foi cuidadosamente escolhida para mim.
Depois de um tempo namorando à distância, eu estaria me mudando para a casa de hóspedes da sua família para que pudéssemos nos conhecer melhor nos meses antes do casamento.
As regras eram claras: nada de toques inapropriados, nada de beijo, nada de sexo antes do casamento.
Eu tinha aceitado esses limites e o meu destino.
Até que eu conheci a única com quem eu queria pecar.
Foi quando as limitações se transformaram em um problema... especialmente porque ELA não era Elle.
Era a sua irmã, Evangeline.
Você sabe o que dizem sobre as boas intenções.
Meu nome é Sevin, e eu pequei.
Primeiro, esqueça essa sinopse, ela é bem esquisitona, mentirosa e não demonstra nenhum pouco a profundidade desse livro. Segundo, não precisa esquecer desse loverboy da capa, mas também não pense que esse carinha aí sensualizando vai te trazer um leitura leve, e os tais "pecados do Sevin" ao meu ver nem foram os maiores, mas ele sem dúvida foi o que mais sofreu com suas consequências.
Essa mistura crenças/amor proibido/triângulo amoroso por si só já me assusta bastante, mas diferente da sinopse que foi escolhida para nos dar uma amostra para o que está por vir o Sevin não é um crente fervoroso que acredita que sexo é pecado, sua criação foi sim dentro da igreja mas isso nunca fez dele um santo.
A maneira que o caminho dele cruza a vida delas foi bem fora da minha realidade, mas consegui comprar a ideia que é a realidade de muitas famílias. Como Sevin foi levando essa relação também entendi. Quando a Evangeline tenta poupar sua irmã de sofrer, eu sofri junto, mas me compadeci. Quando ela tenta uma nova saída, torci por ela. Mas quando ela toma uma certa atitude foi demais para mim. Minha cota de entendimento já estava mais do que saturado e todo aquele sentimento de admiração escafedeu-se e só me restou lamentar.
A Evangeline sempre se mostrou uma menina forte, que queria mais da vida, queria o mundo para ela enquanto sua irmã, Elle, só tinha como meta ser mãe e esposa. Mas na hora do vai ou racha Eve não foi nem uma coisa nem outra, suas fugas não se ajustaram com a personalidade que foi vendida em grande parte do livro (uns 75%).
Mas não pensem que eu não gostei, na verdade amei. O livro é ótimo, interações e cenas de tirar o fôlego e prender a respiração, eu sorri, chorei, sofri, mas também senti raiva e queria que muita gente ali se estrepasse, torci por finais alternativos e não me importava muito se o final não fosse o tão aguardado.
Fazia tempo que não ficava tão dividida na hora de avaliar um livro. Eu amei loucamente grande parte dele, com diálogos interessantes, tensão sexual explodindo e um triângulo amoroso dos mais sofridos, ele tinha tudo para ser meu favorito. Mas uma, UMA, atitude foi too much para mim, me fazendo perguntar até que ponto podemos questionar as decisões que a autora toma? Eu devo separar uma história incrível, com fatos bem realistas de um acontecimento que eu repudio e tenho uma dificuldade imensa de perdoar? Ainda não tenho uma resposta, leiam e tirem suas próprias conclusões.
0 comentários:
Postar um comentário