Série: Archie Sheridan & Gretchen Lowell #01 (de 3 livros)
Editora: Suma de Letras
Ano: 2007
Páginas: 328
Avaliação: 5/5
O detetive Archie Sheridan passou dez anos perseguindo Gretchen Lowell, uma estonteante serial killer, mas foi ela quem o capturou. Dois anos atrás, Gretchen aprisionou-o e torturou-o por dez dias, mas, em vez de matá-lo, ela surpreendentemente o deixou partir, entregando-se à polícia.
Agora ela está na cadeia pelo resto da vida enquanto Archie se vê em outro tipo de prisão – viciado em analgésicos, incapaz de voltar à sua antiga vida e sem forças para apagar aqueles dez dias horrendos de sua lembrança. Sua mulher, de quem se afastou, diz que o velho Archie não existe mais, e ele concorda. As visitas a Gretchen são semanais, com a justificativa de que só ele pode fazê-la confessar onde estão os corpos das vítimas. Mas Archie sabe qual o real motivo – ele simplesmente não consegue ficar longe dela.
Quando outro criminoso começa a seqüestrar meninas em Portland, Archie tem que se recompor para liderar uma nova força-tarefa que investigará os assassinatos. Uma repórter jovem e determinada, Susan Ward, acompanha o trabalho do grupo, o que desencadeia um jogo mortal entre Archie, Susan, o novo serial killer e até Gretchen. Eles têm um maníaco para capturar, e talvez isso liberte Archie de Gretchen de uma vez por todas.
Serial Killer mulher por si só já é um sinalizador bem original em um livro, quando li a sinopse e notei um possível romance entre ela e o detetive que ela torturou, fiquei ainda mais curiosa. Sempre penso quais arranjos a autora vai fazer, como ela tentará convencer, será que vou conseguir sair da zona de conforto e torcer para que a história caminhe para um lado mais imoral?
Apesar de ser isso que me chamou a atenção o romance entre eles não é foco aqui. Na grande parte do tempo você não sabe qual exatamente é o tipo de relação que eles têm após a prisão dela. Creio que esse livro tem mais o intuito de vislumbrar e consolidar a personalidade de cada um.
A Gretchen é fria e vil ao extremo. Mesmo com escassas a aparições sentimos sua energia e inteligência. Fiquei muito horrorizada e ao mesmo tempo encantada com sua engenhosidade, cada palavra (ou ausencia delas) parecia ter um significado velado.
Os traumas que ela provocou em Archie são profundos, por fora ele se mantém forte, mas percebemos que esta casca pode quebrar a qualquer momento. Esse evento acabou com qualquer esperança de vida normal, sua dedicação é completamente voltada ao trabalho, acabou-se o casamento, relação com os filhos, amigos, só restou uma obsessão doentia pela causadora desse pandemônio.
Temos também Susan, que é uma repórter encarregada de escrever uma matéria sobre o Archie. Ela e Archer são as duas visões que temos na história, e mesmo assim nada é revelado antes da hora, tudo é dissecado no seu tempo e de forma muito atraente.
Como tudo nesse livro parecia se encaixar perfeitamente demorei para perceber alguns pontos na trama, o grand finale a princípio me pareceu forçado, não podia acreditar que a autora ia fazer uma revelação tão banal em uma história tão complexa, mas felizmente tudo se ajustou como merecido.
Super ansiosa pelo que está por vir, pelo jeito como terminou, o negócio só tende a ficar mais doentio e insano. Leitura mais do que recomendada.
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