Editora: Não Publicado no Brasil
Ano: 2013
Páginas: 429
Avaliação: 2/5
Traição não é meu tema predileto, mesmo assim fui achando que estava preparada para esse triângulo amoroso tão polêmico. Mas para mim não deu, esse livro tirou o pior de mim, me fez desejar que eles sofressem, que não houvesse mais salvação nem que tivessem um final feliz. Eu fiquei angustiada, chorei e sofri e mais do que tudo, me revoltei.
Cathy está entediada com seu casamento,e apesar de Ben ser um ótimo marido ela não consegue mais viver feliz ao seu lado. O principal motivo é que a visão dele sempre a lembra o número de abortos espontâneos que sofreu, a vida com ele parece cutucar essa ferida aberta. Certo dia de trabalho ela tem que recepcionar a mulher de um cliente e seu filho, o que ela não esperava é que esse filho, Arsen, fosse tão magnifico, alto, moreno de olhos azuis e que na mesma hora abala todas suas estruturas, e para piorar parece sempre disposto a tê-la a qualquer custo.
Assim como a protagonista eu também estou com meu marido a 11 anos, e realmente houveram algumas coisas que consegui me identificar. Graças a Deus nunca passei por um aborto mas posso imaginar a tristeza que deve ser, tive apenas um descolamento de placenta e foi um puta susto. Mas sinceramente mesmo assim não consegui me conectar com as dúvidas e anseios da Cathy.
O pior de tudo talvez não tenha sido a traição em si, mas a forma como ela tratou o Ben, toda essa confusão por si só já é uma falta de respeito, mas ela foi uma vaca, biscate, egoísta, que nem uma vez se quer se colocou no lugar dele, fez e disse coisas horríveis. A indecisão dela me irava. Na hora que estava com o marido " Oh céus, é ele que eu quero, só ele me faz sentir assim, não quero mais ninguém, ele é perfeito, ele é maravilhoso, amo o jeito que me toca, sou sua, só sua, ", cinco segundos depois (as vezes sem ao menos se limpar) com o Arsen " Sim, é ele, nossa como ele f***, oh esses olhos azuis fazem eu me perder, oh me faça esquecer, faça a dor parar, oh oh oh,nem lembro que tenho marido".
Não entendi até agora o que Arsen tem. Em nenhum momento me senti interessada nele, é vulgar, mimado, egoísta, vagabundo. Passou por uns dramas na vida mas não soube tirar proveito de nada. Até as cenas de sexo entre os dois me dava nojo.
O Ben por outro lado, foi um dos melhores personagens masculinos da vida. Ele é perfeito. É querido, trabalhador, companheiro, compreensivo e quente. Eu tentei de todas as formas comprar a justificativa da Cathy em traí-lo, mas não consegui de jeito nenhum. Eu cheguei a desejar que ele morresse só para ela ter uma resto de vida miserável e nunca mais poder ser feliz.
Quando eu disse tirar o pior de mim, eu falava sério.
O livro é narrado principalmente por ela alternando entre passado e futuro, mas eles também narram em pontos chaves do enredo. Eu dei uma nota baixa porque eu realmente não gostei do rumo que as coisas tomaram, nem dos personagens (exceto Ben), não concordei com os motivos que fizeram ela fazer o que fez. Mas é uma opinião completamente pessoal, e talvez você não se importe tanto assim. Achei que ela merecia um final pior também. [Isso porque nunca me classifiquei com rancorosa e vingativa....ok.]
Mesmo assim eu indico o livro, ele é muito passional, e te faz sentir. Mesmo com toda a minha ira por ele, não me arrependo um segundo, apesar dos pesares não tem como dizer que não é protagonizado por personagens reais, que fazem cagadas reais. Existe uma brecha para continuação, e se tiver sem dúvida estarei lá.
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