[Leitura] O Nome do Vento

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O Nome do VentoAutor: Patrick Rothfuss
Série: A Crônica do Matador do Rei #1 (de 3 Livros confirmados mais um intermediário)
Editora: Sextante
Ano: 2009
Paginas:656
Avaliação: 5/5 

Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso.
Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram sua família no passado.
Quando esses seres do mal reaparecem na cidade, um cronista suspeita de que o misterioso Kote seja o personagem principal de diversas histórias que rondam a região e decide aproximar-se dele para descobrir a verdade.
Pouco a pouco, a história de Kote vai sendo revelada, assim como sua multifacetada personalidade - notório mago, esmerado ladrão, amante viril, herói salvador, músico magistral, assassino infame.


Nesta provocante narrativa, o leitor é transportado para um mundo fantástico, repleto de mitos e seres fabulosos, heróis e vilões, ladrões e trovadores, amor e ódio, paixão e vingança.
Que difícil fazer uma resenha desse livro!!! Antes de qualquer coisa tenha em mente que tudo que eu falar bem dele é na verdade mil vezes melhor.


Patrick Rothfuss criou um novo Universo único, chamado Quatro Cantos, com sua moeda, línguas, povos e trupes. O grande protagonista Kvothe faz parte dos Edena Ruh, explicando superficialmente, eles seriam uma espécie de trupe itinerante que vai apresentado seus shows de música, teatro, dança e magia por onde passa.

O livro começa pelo final. Ele já com seus trinta anos talvez,  em lugarzinho no fim do mundo, vivendo modestamente até que uma sucessão de fatos ocorre e ele se vê frente a frente com seu passado, um cronista encontra-o e consegue convencê-lo a contar sua história. Ele aceita com uma condição, precisará de 3 dias, nem mais nem menos, logicamente o cronista aceita. E "O Nome do Vento" é o Primeiro Dia.

O grande benefício da fantasia é falta de limites na hora da criação, não há restrições, cada um cria o que bem intende. E o Patrick fez tudo com maestria.

O magnetismo e carisma do Kvothe é palpável. Você simplesmente quer saber o que aconteceu com ele, é inteligente, com uma mente extremamente sagaz é impossível não admirá-lo. Ele passa por alguma tragédias pessoais mas é extremamente obstinado. Seu objetivo é ir a Universidade e aprender o Arcanismo.

Então começa uma miscelânea de magia com ciência, o abstrato e o concreto se sobrepõem e de alguma forma o impossível começa a fazer sentido. Dentro do Arcanismo o Kvothe quer mesmo é aprender o nome das coisas. Nesse universo a pessoa que conhece o nome pode interagir e controlar o dito elemento. Um exemplo é o Vento, sabendo dizer seu nome você pode fazer o que quiser com ele, atacar uma pessoa, fazer um redemoinho e até pular de uma grande altura usando-o como amortecedor.

Há dezenas de personagens secundários, todos eles muito bem descritos e cativantes. As interações e os diálogos são uma delicia de se ler. O número de páginas a principio pode parecer assustador mas não se engane, você nem vê passar.

Eu amei cada segundo, há diversos pensamentos e reflexões maravilhosas. Parece que cada elemento básico do cotidiano se transforma em algo importante, cada linha há uma mágica, uma amor envolvido, quase poético, não me limitei a questionar o que dali era ou não importante para agregar a história, eu só queria saber, saber e saber.... tudo sobre o Kvothe!

Que venham logo o segundo (O Temos do Sábio) e terceiro (As Portas de Pedra, ainda sem previsão de lançamento) dia!!!

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