Série: The Element Series # 1
Editora: Direitos comprados pela Record
Ano: 2015
Páginas: 354
Avaliação: 5/5
Comecemos pela capa! Quanta perfeição, como ela demostra exatamente a essência do livro, são os tons de cores escolhidos, as penas, o título e por último [cof! cof! Mas nenhum pouco menos importante] o modelo, que juntos sem dúvida conseguem transmitir toda a melancolia e desalento dessa história.
Elizabeth e Tristan sofreram perdas irreparáveis, por conta de um destino infeliz perderam as pessoas que mais amavam na vida. Mas esse mesmo destino fez o caminho desses dois se cruzarem e de alguma forma duas pessoas quebradas pelo passado começam a juntar seus pedaços e reconstruir um novo futuro.
Mas isso não foi simples muito menos fácil. Dos dois, Tristan é o mais sofrido e simplesmente não consegue se abrir, afasta cada pessoa que tenta se aproximar e quando Lizz o confronta não recebe um tratamento diferente. Mas ela consegue enxergar mais do que um atroz nele e não desiste. Aos poucos o homem que era visto como cruel e violento vai se mostrando apaixonado e muito doce.
Nada do que eu fale conseguirá demonstrar a profundidade da relação desses dois. Eles iniciam o relacionamento de uma forma bizarra, talvez até doentia, que me causou estranheza mas que aos poucos fui aceitando e respeitando. A fragilidade do sentimento de cada um é tão grande que você se sente culpado de julgar, mas no decorrer da narrativa até eles percebem isso e as coisas começam a andar de uma maneira mais terna.
Quando terminei a leitura me senti estranha, parecia que faltava alguma coisa. E faltou mesmo. Faltou mais dele, de suas frases, suas interações, sua doçura e selvageria. Eu vivi um paradoxo. Eu não gostei porque simplesmente acabou! E Tristan nunca é demais!
Achei que o final destoou um pouco do resto do livro. A narrativa vem numa velocidade pesada, dramática em uma névoa intercalando o passado trágico com um presente de luto e recomeço. E quando as últimas páginas estão chegando a velocidade aumenta e passamos do drama à ação, isso me incomodou um pouco, parecia que eu tinha pulado fora da história e embarcado em uma outra realidade. Mas nada também que me fizesse julgar o livro de outra maneira que não maravilhoso.
Houveram momentos que me causaram desconforto, mas tenho que dar mérito a autora pela ousadia, ela tratou o luto e viuvez de uma forma muito original e delicada. Há algumas cenas quentes, há logicamente tristeza, mas eu diria que esse é um livro sobre recomeço e principalmente perdão. E não perdão somente ao próximo, mas perdoar você mesmo, poder se livrar de uma culpa que se carrega e não deveria, de um ódio que se descarrega em quem não merece e poder amar novamente sem se incriminar.
Recomendadissímo!
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