Série: Painted Faces #1
Editora: Ainda não Publicado no Brasil
Ano: 201
Páginas: 356
Avaliação: 2/5
Fui com tanta sede ao pote aqui que acabei me afogando. Eram tantos elogios, tantas notas altas, tantos suspiros que tive certeza que não tinha como não amar. Não sei se foi isso, mas esse livro foi a decepção do ano. Chato, superficial e na minha opinião mal explorado Painted Faces não disse porque veio, com uma protagonista insuportável e um enredo que tinha tudo para ser rico se tornou quase uma tortura para mim.
Se você chegou até e não tem a mínima ideia do que se trata, senta e se prepara. Não sei dizer se isso seria um spoiler uma vez que é revelado no inicio e eu diria que é uma informação crucial para você se interessar ou não pelo livro. Ele conta a história de Nicholas e Freda.
Ela é uma Irlandesa que se vira em dois empregos e divide o apartamento com Nora, sua melhor amiga. Certo dia ela chega em casa e esbarra com o novo morador ao lado, ele é Nicholas, lindo e atraente ela logo se encanta. Mas ele tem uma peculiaridade, detalhe básico, super normal, ele é uma Drag Queen. EIn? Isso mesmo, uma Drag linda e purpurinada, Vivica Blue.
Pois é, comecei a leitura com um mantra: "Mente aberta Taisa, mente aberta...". E fui, já li alguns livros M/M, e não tenho nenhum tipo de preconceito mas a princípio achei esse arranjo no mínimo inusitado. Mas ok, resolvi tentar comprar essa ideia.
E eu comprei, adorei o Nicholas, ele é um personagem diferente, espirituoso, possui seus dramas e tragédias, mas é único e intenso. O motivo pelo qual ele virou uma Drag foi simples, mas cada um responde à sua maneira ao obstáculos do caminho então não vamos julgar. Agora aguentar a Freda foi f***. Eu só não desisti porque esse era o livro do clube do livro dessa semana e EU que tinha escolhido, e também tem o fato de que agora posso dizer que já li: "Uma vez li um livro que a guria se apaixona por um cara lindo e Drag Queen!", que não ama uma excentricidade?.
Esse é um assunto tão rico, tão louco, tão maravilhoso que ela podia ter ido por tantos caminhos mas acabou não indo por nenhum. Ao invés dela se focar nele, nessa complexidade da relação ela se focou na Freda e sua chatice. Ela é extremamente imatura, fresca, é daquelas pessoas que se acham super sinceras mas que é só mala mesmo. Não entendi porque tanta enrolação dela em se entregar para ele e nem porque ele se apaixonou por ela. Ela testou minha paciência de maneiras inimagináveis.
Nicholas apesar dessa peculiaridade é hetero, demorei para poder enxergar a testosterona, mesmo assim logo de cara simpatizei com ele, é bem humorado e tão querido, mas não sei se me interessaria amorosamente, um pouco menos de "querida" e eu não ia reclamar. Passou por algumas coisas horríveis na vida. E esse foi outro fator que me incomodou, a falta de profundidade nos problemas dele, foi tudo tratado de uma forma tão blasé, como eu disse anteriormente, esse é um assunto tão rico, cheios de veias e nervuras, ela poderia ter feito de uma maneira tão impressionante, que eu fiquei com uma sensação de revolta, para que pegar um assunto tão polêmico e não desenvolver?
Nas últimas 60 páginas o enredo dá uma melhorada mesmo assim não conseguir avaliar de uma maneira mais otimista. Eu tenho a impressão que li um livro completamente diferente de todas essas pessoas que favoritaram e indicaram. Gostaria muito que esse livro fosse um filme, tenho certeza que ia ser um daqueles cults loucos, quase poéticos que te fazem sair da sua zona de conforto, mas com uma Freda aturável.
Posso ainda listar uma infinidade de coisas que detestei: a amizade dela com Nora, o ex-namorado maluco dela que até agora também não entendi o que está fazendo aqui, os "como eu sou gorda" infinitos dela, "todos olham para os meus seios perfeitos", "nenhum homem se interessa por mim", "todos os homens com falo querem transar comigo"....ahhhhhhhhhrrrrrrggggg.
Eu não indico para ninguém, mas enfim, sou apenas uma opinião negativa no meio de uma mar de apaixonadas. Então tirem suas conclusões.
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