Título Original: The Weight of Heaven
Editora: Nova Fronteira
Ano : 2009
Páginas: 383
Avaliação: 4/5
Quanto o luto, a tristeza e o desespero podem interferir nas nossas ações depois que passamos por um momento tão delicado quanto a morte de alguém que amamos? Vale tudo? Ganha-se um passe livre para por a culpa em quem quisermos e tratar mal quem não merece? Sinceramente ainda não sei a resposta, talvez ninguém nunca saberá. Além de fazer você se questionar sobre esses temas esse livro vai além. Ele te mostra que cada passo trás uma consequência, e que quanto maior ele é, mais forte você terá de ser para aguentar o tranco.
Frank e Ellie perdem seu filho Benny quando ele tinha 7 anos. Ele recebe uma proposta da empresa onde trabalha para morar na Índia. Para tentar começar do zero aproveitam a oportunidade. Nesse novo país eles além de ter que tentar recomeçar a vida, têm de se encaixar nessa nova cultura diversificada em uma aldeia humilde e simplória.
Lá conhecem Ramesh um menino de 9 anos que se torna o novo Sol na vida de Frank. Mas sua esposa fica preocupada, não quer que essa criança se torne uma muleta para seu marido. E Frank além de constantemente ter que lidar com ela tem também que se esquivar de Prakash, o pai do menino, que não gosta nenhum pouco dessa aproximação.
A principio estava achando esse livro bem chato. Estava tudo tão lento que não entendia porque era tão elogiado. Mas de repente me vejo tão envolvida com essas famílias, que quero devorar cada página e saber o que vai acontecer com eles, como vão superar o luto e todos os problemas que vão se desenrolando.
Eu adorei todos os personagens. A autora vai mostrando diversos pontos de vistas e você não consegue ficar com raiva de ninguém. Tudo vai se fechando, se justificando, e quando você percebe só quer que todos consigam superar as diferenças, que consigam encontrar a felicidade e que vivam em paz.
Ao mesmo tempo, fica claro que isso vai ser impossível, que a felicidade de um quase que depende da tristeza do outro, que na vida real as pessoas são sim cruéis e egoístas, ou as vezes são vistas assim de maneira prematura pelas "verdadeiras" cruéis e egoístas.
Eu adorei o final, eu já esperava por alguma coisa do tipo então não me decepcionei nem me surpreendi, achei que fez jus a todo o livro. Para mim fez sentido e ficou bem realista. Recomendo essa leitura, mas para um público mais adulto porque ele tem uma temática mais pesada, apesar de toda a tristeza te faz pensar sobre as coisas importantes da vida.
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